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VACAS LEITEIRAS: CUIDADOS NA AMAMENTAÇÃO E NO DESMAME

2019-06-03 14:06:44
Labovet
29
maio2019
desmame-blog

Nos últimos anos, a pecuária leiteira no Brasil está passando por muitas transformações no seu sistema produtivo. A desregulamentação do mercado (com preços alternando quase que diariamente), a abertura comercial e a exigência de qualidade são algumas das principais transformações. Tal fato está requerendo do produtor cuidados diários com suas vacas, garantido a boa produtividade destas e, consequentemente, sua própria sobrevivência na atividade.

Entre esses cuidados, a relação Vaca – Bezerro é essencial desde a primeira amamentação até o processo de desmama. Esses são dois dos fatores que ajudam no sucesso na atividade, e, além disso, vão garantir que as bezerras virem ótimas vacas num futuro próximo.

Amamentação: melhora no relacionamento Vaca – Bezerro

Para adquirir toda a imunidade inicial, o bezerro deve começar a mamar entre duas a cinco horas após o nascimento. Porém, para isso, a vaca precisa fazer os controles olfativo e gustativo na cria logo após o nascimento. Caso o bezerro seja separado da mãe antes deste reconhecimento, as chances da ela aceitar o filhote caem pela metade.

Até meados do 30º dia após o nascimento, o leite é (e sempre será!) o melhor alimento, já que possui excelente valor nutricional, sendo indicado para os bezerros que, oficialmente, ainda não são ruminantes. Após essa idade, eles até podem ser desmamados, no entanto, é preciso lembrar que precisam estar aptos a se alimentar a partir de outras fontes de alimento para que possam atingir o peso considerado ideal.

Desmama: diminuindo o estresse e melhorando o rendimento

É comum fazermos o desmame de bezerras a partir de um único critério: a idade, que é de 1, 2 ou 3 meses de vida. Porém, dependendo do manejo realizado, é possível que o bezerro não consiga ingerir quantidades suficientes de alimento sólido.

Em alguns sistemas que usam aleitamento artificial, melhores resultados são observados quando a desmama ocorre por volta de 90 kg de peso vivo com consumo de, no mínimo, 1 kg de concentrado/dia (preferencialmente 1,5kg).

Dessa forma, sistemas de produção que fornecem alimentos sólidos mais cedo são ideias para que as bezerras possam ser desmamadas de maneira mais precoce, quando comparadas com aquelas cujo consumo é muito baixo. Isso porque, ao passar pelo rúmen, o concentrado sofre fermentação e os gases resultantes têm contribuição essencial para o desenvolvimento dele, do retículo e do omaso.

Práticas que podem estimular o desmame precoce

Várias práticas podem estimular o consumo de concentrado mais cedo para elevação do peso, e, consequentemente, desmama precoce.

Oferecer concentrado à vontade à bezerra a partir do terceiro dia de vida é uma boa dica. Para isso, deve-se colocar um pouco no fundo do balde logo depois de ela terminar de beber o leite, assim, com o reflexo de mamada, será estimulada a continuar a consumir. Outra prática é o fornecimento do leite total diário uma vez ao dia a partir dos 40 dias de vida.

A desmama, por si só, é um grande fator de estresse animal. Geralmente, ela ocorre em um período já crítico, visto que a imunidade transmitida pela ingestão de colostro materno está em queda e a própria da bezerra ainda não está totalmente desenvolvida, sendo incapaz de protegê-la suficientemente. Cabe ao produtor conseguir ter um sistema muito bem alinhado, afinal, boas bezerras, hoje, serão ótimas vacas amanhã!

Mastilac – antimicrobiano indicado para mastites

Um dos grandes problemas da pecuária leiteira são os casos de mastite em vacas leiteiras no pós-parto, que englobam o período de amamentação e desmama de bezerros. E mastite não tratada nesse período pode ser um sério complicador do desenvolvimento de bezerras.

Para ajudar o produtor, a LABOVET oferece a Mastilac. O medicamento é um antimicrobiano indicado para tratamento e profilaxia das mastites das vacas em lactação ou como profilático para o período seco. É indicado no tratamento das mastites das vacas em lactação, ou, como profilático do período seco. Ele atua até mesmo nas mastites catarrais cuja etiologia seja Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Streptococcus uberis, Enterococcus, Corynebacterium bovis, Escherichia coliPseudomonas e Proteus.

Como usar o Mastilac?

Após completar a ordenha de todas as tetas e limpeza do úbere com o desinfetante habitual (desde que seja compatível com o Mastilac), o profissional deve injetar todo o conteúdo de uma seringa em cada teta, realizando uma leve massagem de baixo para cima, para espalhar o produto. A aplicação deve ser feita durante um período mínimo de três dias ou até a completa extinção do quadro clínico, o que geralmente ocorre no prazo de cinco dias desde o início do tratamento.

Observações Importantes

Durante e após o tratamento com Mastilac, ordenhe a vaca normalmente e, quando necessário, forçando a saída dos coágulos de fibrina para evitar o entupimento do canal galactóforo.

Ao aplicar o Mastilac, o produtor deve se atentar ao período de carência, que em bovinos para o abate é de 30 dias e em vacas de leite é de 4 dias.

E então, ficou com alguma dúvida? Escreva pra gente pelos comentários e até a próxima.