A esporotricose é uma zoonose (enfermidade transmissível a humanos) que afeta animais, especialmente gatos, podendo também contaminar cães. A doença é causada por um tipo de fungo, Sporothrix schenckii, que provoca profundas lesões na pele semelhantes à leishmaniose. A epidemia é crescente no Rio de Janeiro, em 2016 o órgão responsável fez 13.536 atendimentos, um número superior ao verificado em 2015, quando foram registradas 3.253 ocorrências. Em humanos, a secretaria registrou 580 casos.
Atenção
O fungo Sporothrix schenckii, pode se instalar em diversos tipos de animais, mas atinge mais os gatos por seus hábitos de caça, disputas territoriais e contato com material orgânico em decomposição como: cascas de árvores, palhas, farpas, espinhos e o solo. As brigas entre eles, natural do comportamento felino, facilitam a disseminação da doença em virtude dos machucados. Com o fungo instalado, o gato transmite a doença através de arranhões, mordidas e contato direto com a pele lesionada.
Cuidados
Pesquisas afirmaram que o gato é o animal doméstico mais sensível à esporotricose. O cachorro raramente adoece e raramente transmite a doença a outros animais. Nos humanos, é transmitida por arranhões e contato direto com a pele lesionada. A esporotricose é curável, os donos de gatos não devem abandonar e, muito menos, sacrifica-los. Apesar de poder levar o gato a óbito, o tratamento no início da infecção pode ser bastante eficiente.
Manifestações
É importante observar nos animais sinais como feridas no focinho e membros. Os sinais podem variar de animal para a animal, mas é comum que os ferimentos sejam profundos, geralmente com pus, não cicatrizam e costumam progredir para o resto do corpo. Sintomas como a perda de apetite, apatia, emagrecimento, espirros e secreção nasal também estão relacionados à manifestação da doença.
A esporotricose em humanos se manifesta na forma de lesões na pele, começam com um pequeno caroço vermelho, que evolui para uma ferida. Geralmente aparecem nas mãos, nos braços, nas pernas ou no rosto, às vezes formando uma fileira de pequenos nódulos ou machucados. Como pode ser confundida com outras doenças de pele, o ideal é procurar um dermatologista para obter um diagnóstico adequado.
Tratamento
O tratamento irá depender do estágio da doença, antifúngicos orais podem ser administrados por período de tempo prolongado, em alguns casos ultrapassando seis meses. Nos gatos, estágios avançados da doença, com múltiplas e graves lesões, são de difícil tratamento, e esta indicação deve ser avaliada criteriosamente somente por um médico veterinário. Vale ressaltar que a doença é tratável e o diagnóstico dos animais pode ser feito na maioria das clínicas veterinárias. Por esse motivo jamais abandone, maltrate ou sacrifique o animal com sintomas da doença.
Procure um médico veterinário que irá indicar o melhor tratamento e as medidas necessárias para cuidar de seu animal sem colocar sua própria saúde em risco.
Prevenção
Infelizmente ainda não há nenhuma vacina animal ou humana contra a esporotricose. Para prevenir, tutores de gatos devem castrar os animais e mantê-los maior parte do tempo em casa, evitando assim o possível contato com locais ou animais contaminados. Em humanos, a prevenção se dá no uso de roupas protetoras ao manusear o jardim ou outros materiais que possam estar contaminados com o fungo causador.
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