O botulismo bovino é uma doença que tem o status de umas das três principais causas de mortalidade do bovino, assim resultando em grandes perdas econômicas na bovinocultura! Entenda nesse post.
Determinado bovino começa a apresentar dificuldade de locomoção, com incoordenação motora dos membros posteriores. O quadro evolui e, o ato de deitar é feito bruscamente e de forma descontrolada. O animal tem dificuldade de levantar e caminhar mesmo quando é forçado a isto. Posteriormente, ele deita-se e não consegue mais se levantar. Sua morte ocorre em pouco tempo.
Estes sintomas são reais e podem ser provocados por diversas enfermidades, de difícil reconhecimento inicial. Porém, após avaliação clínica detalhada, dados epidemiológicos e exames laboratoriais específicos, o diagnóstico pode ser fechado, e, neste caso, indica que o animal foi acometido por botulismo.
No caso relatado, nada pôde ser feito para a sobrevivência do animal. Por isso, preparamos esse artigo para você. Assim, você não verá esse caso reproduzido na sua criação!
Para tal, é muito importante que você faça de tudo para impedir a presença dos agentes do botulismo na sua propriedade, e conhecer como a doença surge na fazenda, as causas, os métodos de tratamento, e os métodos preventivos. Vamos lá?
O botulismo nos ruminantes é uma doença causada por neurotoxinas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum. Há oito tipos distintos de toxinas botulínicas (A, B, C1, C2, D, E, F e G), porém as mais comuns são as do tipo C e D. A doença pode se apresentar na forma endêmica e esporádica.
No Brasil, a manifestação endêmica da doença se dá em regiões geográficas com acentuada deficiência de fósforo. Devido a isso, os animais procuram suprir a falta deste mineral na alimentação através da ingestão de ossos (osteofagia) ou cadáveres (sarcofagia) de animais mortos na pastagem.
O problema é que a carcaça em putrefação destes animais (mortos por causas nem sempre conhecidas) oferece condições essenciais para germinação e produção de toxinas. Então, quando animais que tentam suprir deficiências minerais e proteicas as ingerem, constituem o principal fator de ocorrência do botulismo bovino endêmico.
Diferentemente da endêmica, o botulismo bovino esporádico está associado ao fornecimento de alimentos contaminados para o gado (essencialmente confinado). Alimentos ou suplementos alimentares como grãos, silagem de baixa qualidade, ou a cama de frango (proibida, mas ainda utilizada) são possíveis vetores de contaminação.
As carcaças de aves e pequenos animais presentes nestes substratos podem carregar esporos de C. Botulinum que, em condições adequadas, germinam e produzem a toxina, fornecida aos animais juntos com alimentação.
Há, também, relatos de intoxicação pela ingestão de toxina botulínica produzida em poças de água parada.
Infelizmente, você não encontrará eficácia em nenhum tratamento para reverter a ação das neurotoxinas botulínicas. O soro hiperimune teria eficiência, porém somente antes da ligação da toxina aos receptores nervosos.
No entanto, quando há a suspeita de intoxicação, grande parte das toxinas já está ligada aos receptores, e os quadros clínicos já estão avançados. Logo, a eficiência da soroterapia diminui drasticamente.
Portanto, para proteger o seu gado, você deve, antes de tudo, fazer o controle adequado.
As medidas preventivas mais eficientes do botulismo estão diretamente ligadas à higiene e à correta alimentação.
O controle, principalmente o endêmico, se dá com a correção da deficiência de fósforo no solo. No entanto, a incorporação desse mineral nas pastagens, apesar de eficiente, é oneroso.
Assim, é importante que seja feita a suplementação dos animais, corrigindo a deficiência de fósforo, além de proporcionar aumento da produtividade do gado.
Outra medida muito importante é a higiênica, eliminando as fontes de contaminação. Ações como a remoção e incineração de carcaças nas pastagens previne a multiplicação dos agentes e contaminação do solo com esporos.
Já para a prevenção do botulismo bovino esporádico, é importante que você utilize alimentos que passaram por uma inspeção rigorosa para o gado, garantindo que eles não apresentam esporos.
Além disso, é importante que você produza silagens em condições de pH ácido, impedindo a germinação dos esporos que possam estar presentes.
Além da correta produção, é importante que você observe a qualidade do alimento, não utilizando fenos, silagens ou ração estragados.
A vacinação empregada de forma estratégica, principalmente no gado confinado, é a melhor medida preventiva da qual você poderá fazer uso.
A vacina deve ser fornecida em 2 etapas com 4 semanas de intervalo entre elas. Porém, vale acrescentar que ela necessita de um período de 16 a 18 dias para oferecer proteção efetiva. Assim, a recomendação é que a primeira dose da vacina seja feita um mês antes da entrada do animal no confinamento, e que o gado seja revacinado anualmente.
Portanto, se você quiser deixar o botulismo bovino longe da sua fazenda, faça constantemente bons manejo, higiene e vacinação do seu gado.
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