A criação de suínos vem ganhando visibilidade nos últimos anos. Muitos fatores contribuem para isso, seja o custo reduzido para produção em baixa escala, ou o crescimento da demanda por carne e banha suínas, que voltaram a ser bem vistas pela sociedade.
Segundo dados da Embrapa (2019), o Brasil é o quarto maior produtor de suínos no mundo, sendo que os estados de Santa Catarina e Paraná possuem os maiores criadores. No entanto, outras regiões já vêm mostrando potencial para o desenvolvimento da atividade, e até 2019 existe uma estimativa de crescimento na produção de suínos na faixa de 4,9%.
O mercado de criação de suínos conta com perspectivas favoráveis, e quem quer investir na suinocultura deve estar atento a algumas questões. Então, Para iniciar a criação, o produtor deve ter cuidados com o manejo adequado, a nutrição, a higiene e a saúde dos animais.
Além disso, é preciso escolher a localização adequada para a instalação da sua granja, além de buscar mão de obra capacitada para o manejo. O ideal é que, antes mesmo de iniciar, o produtor busque conhecer o mercado, técnicas de suinocultura e a legislação que regulamenta a atividade. Se você tem interesse em começar sua criação de suínos, confira nossas dicas!
O primeiro passo para quem quer iniciar qualquer negócio é estudar e conhecer bem o mercado, e ter um Plano de Negócios. O capital para investir na sua criação de suínos pode vir tanto de financiamentos como de recursos próprios. Também é possível atuar em um sistema de cooperativa, que se divide em independente como integrado.
No caso das cooperativas independentes, o criador cooperado atua em todas as etapas do processo produtivo.
Já no caso das cooperativas integradas, cada etapa é realizada por um cooperador diferente que integra o grupo.
O empreendedor que pretende investir no ramo da suinocultura deve avaliar bem a cadeia produtiva e identificar qual ou quais as áreas de atuação que são ideais para as suas condições de investimento.
A regularização do plantel e das atividades também é um passo necessário, já que a atividade de suinocultura conta com licenças específicas. O empreendedor deve buscar os órgãos fiscais, sanitários e ambientais a fim de obter toda a documentação.
Duas das principais licenças para dar início à instalação do plantel são a prévia e a de instalação, que são consideradas ambientais. Para a obtenção da licença ambiental de funcionamento, é necessário que o produtor realize uma série de adequações no manejo, especialmente com relação aos resíduos.
A suinocultura de reprodução também deve contar com o Certificado GCRS (Granja Certificada de Reprodutores Suínos), uma licença especial emitida pelo Ministério da Agricultura. Além disso, licenças municipais e estaduais são necessárias para a produção, além da comercialização e do transporte.
As instalações das granjas também devem observar regras específicas de acordo com o volume da produção e tamanho. As unidades de tratamento de dejetos, por exemplo, devem estar instaladas, no mínimo, a 50 metros das residências.
Então, por uma questão de biossegurança, é recomendado que as granjas fiquem distantes pelo menos 500 metros de outra criação de suínos e a 100 metros de estradas que possam ter o transporte de animais.
Um dos pontos de maior atenção da suinocultura diz respeito ao manejo dos dejetos. Embora não seja uma medida obrigatória, alguns produtores vêm adotando os biodigestores para a produção de biogás como uma alternativa. Porém, outras formas de manejo podem ser realizadas pelo produtor.
Para garantir uma boa gestão da granja e também do rebanho, é cada vez mais frequente que o produtor opte pela automação. Boa parte automatiza a coleta e o tratamento de dejetos. Porém, a fabricação e distribuição de ração, o fechamento de cortinas, ventilação e nebulização também são atividades que comumente são automatizadas.
Hoje, todos esses itens já integram boa parte dos projetos iniciais das granjas. Ademais, muitos produtores vêm conseguindo financiamento bancário por meio das cooperativas e empresas integradoras para a instalação desse tipo de tecnologia nas granjas.
O produtor de suínos deve ter a consciência de que adotar práticas preventivas é uma forma de não precisar gastar com ações curativas. Portanto é fundamental que o produtor cuide da saúde do seu rebanho, mantendo um controle rigoroso do processo de vacinação.
As vacinas são fundamentais para a saúde dos animais, e não apenas as obrigatórias. Vacinas como a Vacina contra o paratifo dos leitões também são essenciais. Além delas, outros produtos como o Suprevit também ajudam a manter seu rebanho sempre forte.
Com boas práticas de prevenção de doenças, dificilmente terá problemas com o rebanho.
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