A Febre Maculosa é uma doença de alta periculosidade transmitida pela picada do carrapato-estrela infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii.
Desde o primeiro relato em 1900, a doença vem aumentando o número de casos.. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 2.059 casos de Febre Maculosa na última década, de janeiro de 2013 a 14 de junho de 2023. O que se torna um grande alerta à saúde pública.
Por se tratar de uma zoonose infecciosa aguda, a Febre Maculosa afeta animais e humanos que podem ter quadros graves e ir a óbito.
Sendo assim, saiba mais sobre os aspectos da Febre Maculosa, como ela pode atingir pequenos e grandes animais em espaços urbanos e rurais, além de medidas profiláticas para assegurar a saúde do seu animal.
A Febre Maculosa é transmitida através da picada de carrapatos infectados, normalmente pelo carrapato-estrela (Amblyomma cajennense e Amblyomma sculptum), encontrado em ambiente rural em animais de grande porte, principalmente em equinos. Esses carrapatos adquirem a bactéria Rickettsia rickettsii quando se alimentam do sangue de animais infectados e picam outros animais, assim, transmitindo a bactéria e a doença.
Carrapato-estrela, transmissor da Febre Maculosa.
O carrapato-estrela, Amblyomma cajennense, é uma espécie de carrapato da família Ixodidae, também conhecida como carrapato-estrela, uma espécie de ampla distribuição geográfica aqui no Brasil. Fato do qual preocupa a saúde pública.
Carrapato-estrela.
O carrapato-estrela tem como principais hospedeiros equinos e bovinos, mas também parasitam animais domésticos.
O ciclo de vida dele é diferente dos demais carrapatos que parasitam o rebanho de bovinos. Segundo um pesquisador da Embrapa, o carrapato pode possuir um ciclo de vida bem mais longo por necessitar de mais hospedeiros para completar seu ciclo.
Por isso, é de suma importância manter o controle na sua fazenda.
Os carrapatos também são vilões dos pets!
Falando de espaços urbanos, cães e gatos podem ser infectados. O carrapato-marrom (Rhipicephalus sanguineus), comumente encontrado em animais de estimação, também pode atuar como vetor, tanto para os humanos quanto para os pets.
Mas claro, isso ocorre se o ectoparasita já estiver infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii.
Os pets infectados podem apresentar febre, falta de apetite, anorexia, vômito, diarreia, erupções cutâneas avermelhadas, normalmente não perceptíveis em primeira instância, devido à pelagem.
Embora sejam casos isolados em animais domésticos, é importante manter a sanidade dos pets em dia e apostar em produtos carrapaticidas como forma de prevenção.
A proliferação dos carrapatos causa grandes prejuízos para o produtor e um deles pode ser a Febre Maculosa, caso não haja um bom trabalho de prevenção dentro da propriedade.
Os sinais clínicos mais comuns em animais infectados são febre, anorexia, perda de peso, letargia e no caso de gado leiteiro, produção reduzida de leite. E em casos graves, podem ocorrer problemas respiratórios, anemia e aborto.
Como a doença pode ser fatal se não for tratada adequadamente, a melhor forma de prevenção é tomando alguns cuidados:
✅Controle de carrapato no rebanho: Para controlar a infestação de carrapatos, é necessário utilizar produtos carrapaticidas eficazes. Normalmente, a proliferação ocorre no verão e em épocas de muita chuva, logo, o produtor deve atentar-se a esses aspectos que afetam a saúde animal.
✅Manejo adequado do pasto para não favorecer a presença de carrapatos.
✅Mantenha o controle parasitário dos animais na fazenda.
✅É imprescindível seguir as recomendações do Médico Veterinário de forma regular.
Visto que todo caso de Febre Maculosa é de notificação compulsória, isso ocorre quando a comunicação às autoridades locais de saúde é obrigatória devido a gravidade da doença, é de suma responsabilidade do órgão vigente a atenção e vigilância a respeito de casos que envolvem a doença.
Afinal, a vigilância epidemiológica tem como finalidade fornecer subsídios para execução de ações de controle de doenças e agravos e, devido a isso, necessita de informações atualizadas sobre a ocorrência deles.
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Texto: Samara Kalene
Médica Veterinária: Analaura Pereira – CRMV-SC 09126