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TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE AS VACINAS VETERINÁRIAS

2022-11-21 12:52:37
Labovet
21
Nov2022
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Elas são importantes para saúde pública e sua fabricação vem chamando a atenção de todos.

As vacinas são importantes para prevenção e controle de doenças. No entanto, poucos sabem como funciona o processo de fabricação até o produto final, pronto para sua aplicação. Iremos conhecer um pouco mais sobre as vacinas veterinárias.

Na Medicina Veterinária, as vacinas precisam seguir um rigoroso processo de produção para serem aprovadas pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e então serem comercializadas. Além disso, para serem desenvolvidas passam por vários processo de pesquisa nos laboratórios.

SAIBA QUAIS FORAM AS PRIMEIRAS VACINAS

A primeira vacina do mundo foi desenvolvida em 1798 com o objetivo de combater a varíola em humanos. O médico britânico Edward Jenner 1976 percebeu que as pessoas que ordenhavam vacas que apresentavam a doença chamada Cowpox, (semelhante à varíola humana), apresentavam lesões, mas não manifestavam a doença tão temida na época, conhecida como Varíola. Após estudos e diversas aplicações em busca da resposta Jenner descobriu que o próprio agente causador da doença poderia proteger o organismo contra as manifestações clínicas da doença.

a primeira vacina antirrábica foi desenvolvida pelo cientista Louis Pasteur em 1885, considerado uma referência na área da imunização e estudos de doenças infecciosas, bem como sua prevenção e profilaxia para a imunização vacinal.

As vacinas contêm os vírus ou bactérias, atenuados ou mortos, íntegros ou apenas substâncias advindas deles, capazes de fazer com que o corpo desenvolva anticorpos contra a doença. Essa resposta imune pode permanecer no organismo por meses ou anos.

TIPOS DE VACINAS

As vacinas podem ser produzidas com antígenos atenuados ou inativados. Na primeira, é utilizado o patógeno atenuado, ou seja, ele possui capacidade de se multiplicar, mas não de desenvolver a doença. Dessa forma apresenta uma boa resposta imune celular e humoral.

Já na forma inativada, o patógeno não tem a capacidade de se multiplicar, mas induz uma boa resposta. A vantagem desse último é a chance mínima do aparecimento de sinais clínicos da doença, a desvantagem é a necessidade de mais doses para que alcancem uma boa imunização tal qual a de forma atenuada.

Também existem as vacinas toxóides, que são produzidas a partir de toxinas produzidas por microorganismos, as vacinas toxóides são inativadas. Elas bloqueiam a ação das toxinas, entretanto, possuem uma menor memória imunológica, precisando de mais doses como é o caso das vacinas inativadas.

Uma vacina eficiente deve ser imunogênica, ou seja, capaz de estimular a produção de anticorpos, deve ser inócua, isso é não apresentar efeitos colaterais, estável oque significa difícil de deteriorar; e econômica, com baixo custo e fácil aplicação.

PRODUÇÃO DE VACINAS

Até chegar ao momento final da aplicação, as vacinas precisam passar por vários processos na sua linha de produção, entre eles: aquisição da cepa; cultivo celular; preparação do agente; separação, purificação e concentração do produto; formulação e controle de qualidade. Esse processo é um pouco demorado, podendo chegar a 6 meses do início de sua produção até a comercialização.

 

COMPONENTES DA VACINA

Além dos antígenos responsáveis pela imunização, as vacinas também possuem outros componentes em sua fórmula. Os conservantes previnem contra contaminações, como o timerosal, e adjuvantes para melhorar a resposta imune da vacina, como hidróxido de alumínio, fosfato de cálcio, saponina e carbopol.

As inativadas contêm inativantes, como o formol, beta-propiolactona e B.E.I (bromo etilenimina binária). Já as atenuadas possuem estabilizantes como o glutamato monossódico para manter os microrganismos vivos e conceder proteção em condições adversas, como por exemplo congelamento ou aquecimento.

A escolha dos elementos que vão estar presente na formulação de uma vacina, depende diretamente da vacina que está sendo produzida.

 

ARMAZENAMENTO E MANUSEIO CORRETO DAS VACINAS LABOVET

Para uma vacinação eficaz é necessário tomar alguns cuidados básicos com as vacinas, a respeito da aplicação, local de armazenagem/conservação e a saúde do animal.

O armazenamento e manuseio correto das vacinas merecem um destaque, pois é importante para a garantia da integridade do produto, para assim alcançar o resultado esperado.

As vacinas veterinárias devem ficar armazenadas em uma temperatura entre 2º e 8ºC. Durante todo o transporte, do laboratório até a chegada no animal que irá receber a vacina. Vale lembrar que é necessário sempre seguir as recomendações do fabricante para armazenamento, aplicação e conservação das vacinas.

O refrigerador deve ser usado apenas para o armazenamento de vacinas e não deve ser colocado neles alimentos, bebidas ou materiais. Ele deve permanecer em um local nivelado, longe da luz do sol e de fontes de calor, sendo necessário um termômetro para aferição da temperatura interna. As vacinas dentro do refrigerador devem ser dispostas com dois dedos de distância uma da outra e à uma distância da parede da geladeira para que não congelem. Elas também devem ficar nas prateleiras centrais do refrigerador e nunca na porta ou gavetas.

No momento da vacinação, as seringas e agulhas devem ser descartáveis. Verificar sempre em bula as instruções da vacina, como diluição correta, posologia e vias de administração. Também é importante preparar a vacina apenas na hora da aplicação e utilizar o diluente correspondente de cada uma.

As vacinas do Labovet atendem todas as exigências da Legislação Brasileira (MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e oferecem qualidade e excelência de imunização para seus animais.

Texto: Samara Kalene
Médica Veterinária: Analaura Pereira – CRMV-SC 09126