Certamente, você já ouviu falar sobre a raiva em cães. Esta doença, extremamente séria, é causada pelo vírus da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, que se aloja no sistema nervoso dos cães, levando-os a óbito em 99,9% dos casos.
Historicamente, a raiva é associada a cães. Mas você sabia que ela oferece risco a todos os mamíferos? Além de cães, a raiva pode ser contraída por bovinos, cavalos, ovinos, mamíferos silvestres, homem (sendo a raiva uma zoonose) e até mesmo os gatos.
Por isso, no post de hoje, vamos falar sobre a raiva em gatos, os sintomas e os cuidados essenciais para que seu animal de estimação não sofra com esta doença. Acompanhe.
O contágio da raiva em gatos
O tipo de contágio da raiva em gatos é idêntico à raiva em cães. Um gato, ao ter contato com outro mamífero infectado, através de arranhaduras, lambida de mucosas ou contato com a saliva, recebe o vírus que se multiplica e atinge o sistema nervoso, alcançando, em seguida, outros órgãos e glândulas salivares, onde se replica, e, em poucos dias, o animal vai a óbito. O agente transmissor da raiva em gatos, portanto, é qualquer mamífero que esteja contaminado com o vírus e tenha contato com o felino.
Recentemente, foi identificado um caso de raiva felina na capital de Goiás. Um gato morreu após morder 5 pessoas, das quais estão em processo de observação médica. Com isso, podemos verificar que infelizmente os casos de raiva não foram erradicados, o que torna um problema de saúde pública, e a melhor forma de proteger você e o seu animal contra essa zoonose é com a vacinação.
Os sintomas da raiva em gatos
Como já dito, o vírus da raiva afeta o sistema nervoso do animal. Após o contato com o mamífero infectado, não é possível identificar imediatamente nenhuma alteração visível ou comportamental. As primeiras alterações podem se manifestar uma semana ou meses após o contato com o vírus, isso vai depender do felino e do local do corpo onde ocorreu a transmissão. Para esta fase, damos o nome de período de incubação.
Assim que o vírus se espalha pelo corpo do felino, as primeiras mudanças de comportamento são evidenciadas. Ele fica inquieto, com miado anormal, tem vômitos constantes, salivação e cansaço excessivo. Lembrando que gatos são reconhecidamente “preguiçosos”, no entanto, na fase inicial da doença, o cansaço ocorre com uma frequência ainda maior e vem acompanhado de outros sintomas, como a anorexia, fotofobia (alta sensibilidade à luz), aumento de temperatura (febre) e hidrofobia (aversão à água).
Com a evolução da doença, a sintomatologia atinge uma fase conhecida como de excitação ou furiosa. Nesta, o gato tende a ficar ainda mais irritável, raivoso, apresentando bruscas mudanças comportamentais, podendo chegar a morder e a atacar o dono ou outros animais.
Por fim, chega a fase paralítica. Nesta, há crise convulsiva e paralisia do animal, evoluindo para o coma e posterior morte.
Busque ajuda veterinária o quanto antes
É muito importante lembrar que alguns sintomas podem não acontecer, ou até mesmo ser confundidos com os de outras doenças, principalmente na fase inicial. Portanto, se seu gato apresenta alguns dos sintomas que listamos, se envolveu em brigas nos últimos dias ou apresenta alguma ferida no corpo (característica de disputas entre gatos), busque auxílio veterinário o quanto antes. É a vida de seu animal de estimação que está em jogo!
Não há tratamento para a raiva em gatos: a vacinação é a melhor (e única!) opção.
Infelizmente a raiva não tem tratamento, sendo letal para os gatos. Dependendo do estágio da doença, a eutanásia é a única opção, acabando com o sofrimento do animal.
A melhor forma de proteger e oferecer uma vida saudável ao seu gato é a prevenção. E o método mais eficiente é o mesmo utilizado em cães: a vacina antirrábica.
Quando vacinar o seu gato
Você já viu que o processo de imunização mais eficaz e seguro contra a raiva para o seu gato é a vacinação! Mas você sabe quando vacinar?
Bem, os gatos devem receber a primeira dose da vacina antirrábica aos 3 meses de idade, o que confere a imunização por 1 ano. Ela é adquirida 21 dias após a vacinação, portanto é importante que você impeça que seu gato tenha contato com animais não vacinados nesse período e que faça a revacinação todos os anos.
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