O Brasil é uma grande potência de movimentação na agropecuária, o que inclui vários rebanhos, dentre eles, o de cavalos. Portanto, é imprescindível atentar-se às enfermidades que podem causar sofrimento ao animal e danos ao produtor.
A seguir veremos como ocorre a infecção respiratória em equídeos, Adenite Infecciosa, mais conhecida como Garrotilho.
Doença infecciosa do trato respiratório
Adenite Infecciosa é uma doença infectocontagiosa respiratória, causada por ação bacteriana, que acomete o sistema respiratório de equídeos.
Ela é causada pelo agente etiológico Streptococcus equi pertencente ao grupo D de Lancefield, bactéria que afeta o sistema respiratório superior de cavalos de todas as idades, mas com prevalência em animais jovens, com menos de 2 anos.
Sendo considerada a enfermidade do trato respiratório de equinos responsável por 30% das notificações mundiais, ela limita atividades do animal, com sinais clínicos severos, como linfadenopatia pronunciada, secreção nasal, anorexia e febre.
Por se tratar de uma doença grave, o diagnóstico é realizado por um Médico Veterinário com exame clínico minucioso, enfatizando a palpação de linfonodos, sistema que funciona como proteção imunológica a infecções, assim como hemograma, sorologia e biologia molecular.
Lembrando que a detecção precoce de problemas respiratórios é essencial para o rápido retorno dos animais às suas atividades, bem como na prevenção de complicações secundárias, a maneira mais eficaz de não passar por esses transtornos é com a imunização vacinal.
Garrotilho e a relação com a incidência de chuvas
De acordo com a origem etimológica, a palavra garrotilho vem de strangles, ou estrangulamento e sufocação, justamente causada pela dificuldade em respirar pela pressão dos linfonodos na cabeça do animal, formando uma espécie de garrote.
Como a doença surge em locais de agrupamento dos quais as bactérias são transmitidas facilmente por bebedouros e comedouros, infectando o organismo do animal, com isso, a atenção deve ser redobrada em períodos chuvosos.
A incidência do frio e a umidade do inverno favorecem o aparecimento do garrotilho porque o animal pode diminuir a imunidade devido aos fatores que envolvem o cenário, frio e baixa temperatura.
O recomendável é deixar o equídeo em um abrigo para que ele fique protegido do vento e da chuva. Um galpão, baia, quebra-vento ou um capão de mato fechado podem servir de proteção durante esses períodos que doenças respiratórias se alastram no rebanho.
Quebra-vento
Vários cuidados precisam ser revisados para que o rebanho fique protegido e livre de enfermidades, porém a maneira mais sensata de prevenir doenças é com métodos profiláticos, como a vacinação e a revacinação anual de equídeos contra o Garrotilho.
A importância de medidas profiláticas no rebanho
A vacinação e o abrigo são essenciais para a proteção do animal, para que não haja surto no rebanho com a alta incidência das chuvas, que acarreta doenças de espécie broncopneumológicas, uma inflamação que atinge as estruturas internas dos pulmões como os brônquios e alvéolos.
O abrigo é para deixá-lo o mais seguro possível contra tempestades e baixas temperaturas, principalmente se tratando dos potros que, por serem jovens, ainda estão em processo de construção imunológica.
A vacinação é a forma de prevenção mais eficaz no controle da doença. Frente à prevalência da Adenite Infecciosa em equídeos, o Labovet dispõe da Vacina Inativada Contra Garrotilho, indicada para imunização ativa contra a Adenite Infecciosa.
Saiba mais no artigo: ADENITE INFECCIOSA EQUINA
Texto: Samara Kalene
Médica Veterinária: Analaura Pereira – CRMV-SC 09126