PROBLEMAS RELACIONADOS AOS CASCOS DE BOVINOS E O IMPACTO NEGATIVO NA PRODUÇÃO.

Dentre as principais afecções, podemos mencionar a dermatite digital, de origem multifatorial (solo, instalações, higiene, entrada de animais acometidos) e tem uma alta prevalência em bovinos leiteiros e, consequentemente, principal causa de descarte.

Os cascos são responsáveis pela sustentação do corpo do animal permitindo que se mantenha em pé, caminhe, consiga se alimentar e produzir (SENAR, 2020).

Alguns fatores como a má nutrição, higiene inadequada, ambiente irregular e traumas, podem comprometer a saúde e integridade dos cascos causando afecções ou lesões podais, que colocam em risco a saúde e bem-estar do animal.

Quando há um maior número de bovinos em um determinado local, principalmente em confinamentos, dos quais são expostos a uma estrutura de piso duro, áspero e úmido, existe um desafio em relação à higienização do ambiente junto aos dejetos destes animais.

Esses dejetos aglomerados e concentrados no ambiente, deixam o rebanho mais suscetíveis a patógenos, como: problemas nos cascos dos bovinos, infecções podais, frieiras, podridão dos cascos e abscessos das patas.

Logo, essas doenças resultam em grandes perdas econômicas, tanto na produção leiteira, que tem uma redução em de média 20%, quanto na produção de carne, além de financeiramente devido ao tratamento, normalmente longo.

Para os números ficarem mais claros, cerca de 90% da claudicação bovina está relacionada às complicações citadas acima, o que gera a 3ª maior causa de descarte dos rebanhos. Tendo em vista estes dados, é de suma importância que haja um manejo adequado atrelado à profilaxia e tratamento dessas questões, para que o bem-estar animal continue sendo significativo na pecuária brasileira.

Dentre as principais afecções, podemos mencionar a dermatite digital, de origem multifatorial (solo, instalações, higiene, entrada de animais acometidos) e tem uma alta prevalência em bovinos leiteiros e, consequentemente, principal causa de descarte.

A lesão causa dor, claudicação, postura de falsa cifose e marcha em passadas curtas, os pelos próximos às lesões ficam arrepiados, e a afecção pode evoluir para as seguintes formas:

  • Forma erosiva: acomete a pele do espaço interdigital entre os talões, podendo invadir os bulbos deles e também danificar a camada córnea, dando início à erosão do talão. As lesões são circunscritas de borda esbranquiçada e centro avermelhado com papilas córneas esbranquiçadas, dando a ferida aspecto de morango na região coronariana entre os talões e na superfície dorsal do casco na coroa (figura 1).
    Figura 1 – Dermatite digital bovina, A- Dermatite erosiva inicial, B- Dermatite digital erosiva.
  • Forma proliferativa: nessa fase a lesão já apresenta um grau maior de severidade, tendo a pele espessada, aspecto de esponja e estrato granuloso e acantose, normalmente ocorre mais na região limítrofe entre cório coronário do talão e a pele ( figura 2).
    Figura 2- Fase proliferativa dermatite digital
  • Forma granulomatosa: caracterizada pela fase crônica da infecção, apresenta característica de couve-flor, pode ter pelos no local e secreção serosa (figura 3).
    Figura 3- Aspecto da dermatite digital bovina, forma proliferativa

    Fonte: LEÃO et al., 2005.

Segundo a literatura, o tratamento consiste em limpeza da região acometida e remoção da área necrosada. Inicialmente é instaurado a prática de pedilúvio para desinfecção, entre os produtos empregados, muito é utilizado o formol, após essa prática uso de solução tópica a base de antibiótico pode ser empregada. O uso de antibiótico, analgésico e anti-inflamatório sistêmico é empregado, a fim de controlar a infecção, reação local e sensibilidade do animal acometido.

Para tratamento, o Labovet conta com o N.P.T um pedilúvio desinfetante, antisséptico e germicida à base de Formol, indicado para o tratar infecções podais, frieira,foot root”, podridão dos cascos e abscessos das patas dos bovinos, ovinos e equinos.

PREJUÍZOS CAUSADOS PELAS INFECÇÕES PODAIS EM BOVINOS

As afecções podais no rebanho são grandes vilãs na pecuária brasileira, pois causam prejuízos para o produtor e para o animal.

Custos altos de tratamento precisam ser desembolsados, caso o animal apresente claudicação de graus variados, além disso, pode ocorrer um descarte precoce do animal e a diminuição da produção de leite.

Estudos comprovam que as perdas econômicas advindas dessas enfermidades, chegam até 1,5kg/ de leite por dia de cada vaca leiteira acometida.

A melhor forma de evitar estes problemas que assombram a saúde animal e o bolso do produtor rural, é com manejo adequado que esteja condizente com o ambiente, instalações, higienização e estratégias de casqueamento.

Como, por exemplo, evitar caminhadas prolongadas do rebanho em chãos de cascalhos, verificar se o piso está regular quando o bovino for à balança, dentre outras ações que ajudam a prevenir infecções generalizadas no organismo do animal, e garantem a saúde e bem-estar do rebanho.

Texto: Samara Kalene
Médica Veterinária: Analaura Pereira – CRMV-SC 09126

 

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