Você sabia? A eficiência da produtividade animal depende de muitas questões que envolvem a saúde animal. Bem-estar, qualidade de vida e alimentação são algumas delas.
Visto isso, vacas doentes ou debilitadas têm maior dificuldade em conceber e manter uma gestação saudável. Portanto, é essencial dar atenção ao bem-estar e às boas condições de saúde desses animais, alinhados com uma nutrição adequada, controle de parasitas e prevenção de doenças.
Sendo assim, vamos abordar um pouco sobre esse assunto e explorar questões relacionadas à boa saúde animal e sua relação com o ciclo reprodutivo das vacas. Além disso, veremos aspectos que devem ser observados para garantir sua eficiência reprodutiva e mostrar uma curiosidade: o melhor caso de stayability (longevidade produtiva do animal no plantel) de que se tem notícia.
Acompanhe!
A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE PARA A EFICIÊNCIA REPRODUTIVA DAS VACAS
O manejo adequado do ciclo reprodutivo é essencial para garantir a eficiência produtiva das vacas. Ele pode ser definido como a utilização de técnicas para dar maior produtividade à criação de animais, tudo de forma saudável. Alguns fatores podem afetar o manejo reprodutivo como idade, alimentação, nutrição, método pecuarista etc.
Isso inclui o controle do ciclo estral, a detecção do momento certo para a inseminação artificial ou o acasalamento natural e o monitoramento da saúde do sistema reprodutivo das vacas.
Sendo assim, existem vários problemas de saúde que podem comprometer a eficiência reprodutiva das vacas. Alguns dos principais são:
DISTÚRBIOS HORMONAIS
Um dos problemas que pode acometer a saúde da vaca, é o desequilíbrio hormonal.
Ele pode levar a ciclos irregulares, anestro, ou ciclos anovulatórios, dificultando a concepção, como a falta de produção adequada de hormônios reprodutivos.
Sabendo que o processo reprodutivo é complexo, torna-se primordial conhecer a interação dos fatores que interferem no ciclo estral, gestação e na lactação das vacas, e o fator hormonal não fica de fora dessa observação.
INFECÇÕES UTERINAS
As infecções uterinas também são vilãs na saúde animal.
Elas podem resultar em inflamação das camadas uterinas e comprometer a saúde do sistema reprodutivo. Essas infecções podem afetar a capacidade da vaca de conceber e diminuir as taxas de fertilidade, provocando uma considerável redução na rentabilidade dos rebanhos.
Alterações anatômicas ou funcionais no sistema reprodutivo das vacas, como aderências uterinas, cistos ovarianos, tumores ou obstruções, podem interferir na fertilidade e dificultar a concepção.
Ademais, veja a seguir mais complicações.
DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
A falta de nutrientes essenciais na dieta das vacas pode levar a problemas de saúde, como deficiências vitamínicas ou minerais, que podem impactar negativamente a eficiência reprodutiva. Visto que uma alimentação inadequada pode resultar em ciclos irregulares, anestro ou até mesmo abortos, é importante de se informar sobre deficiências nutricionais.
Como a nutrição é peça fundamental para o funcionamento do organismo dos bovinos e o seu equilíbrio, o melhor procedimento é buscar alternativas para repor os minerais, vitaminas e aminoácidos essenciais para as funções orgânicas dos animais.
Por conseguinte, o mercado oferece excelentes produtos, como o Modificador Orgânico Profit, estimulante, revigorante e reconstituinte das funções orgânicas do rebanho.
ESTRESSE
Condições de estresse crônico, como superlotação, manejo inadequado, transporte excessivo ou mudanças repentinas de ambiente, podem afetar negativamente a saúde das vacas e, consequentemente, sua eficiência reprodutiva.
É fundamental implementar práticas de manejo adequadas, fornecer uma nutrição balanceada, realizar exames veterinários regulares e adotar medidas de prevenção e controle de doenças para garantir a saúde reprodutiva das vacas e maximizar a eficiência reprodutiva do rebanho.
Sabendo que alguns aminoácidos, incluindo o triptofano, fazem mediação na produção de serotonina, hormônio imprescindível para a diminuição dos níveis de cortisol, causando melhorias em situações de estresse e promovendo o bem-estar e a qualidade de vida dos animais, é muito importante preferir produtos que tenham este aminoácido.
BIG BERTHA: A RECORDISTA EM LONGEVIDADE E EFICIÊNCIA PRODUTIVA
Falando de saúde, longevidade e produtividade animal, Big Bertha é o maior símbolo de reprodutividade animal.
Ela é uma das grandes curiosidades da pecuária mundial por ter sido a vaca mais velha do mundo. Com 49 anos de vida teve o maior número de partos: 39 crias.
Impressionante, não? Big Bertha é recordista e, mesmo já tendo passado 30 anos de sua morte, ela continua famosa tanto pela sua longevidade quanto por representar o melhor stayability já conhecido.
Stayability, como citamos no início, é um termo utilizado na genética e reprodução para descrever a capacidade de uma vaca permanecer no rebanho e produzir bezerros de forma periódica ao longo da sua vida. Em outras palavras, refere-se à habilidade de uma vaca em reproduzir com sucesso e manter sua produtividade reprodutiva ao longo dos anos.
Uma vaca com alta stayability é aquela que tem menos problemas reprodutivos, como abortos ou problemas no parto, e é capaz de produzir bezerros saudáveis de forma consistente.
Ademais, vários fatores podem influenciar isso, incluindo sua genética, manejo adequado, nutrição balanceada, cuidados veterinários e controle de doenças.
As vacas holandesas, raça da Big Bertha, normalmente vivem cerca de 20 anos. Como a Big Bertha duplicou essa projeção, ela foi incluída no recorde do Guinness Book. Vale ressaltar que ela nasceu em 1945 e morreu no final de 1993.
Big Bertha, a vaca mais velha do mundo, e seu antigo dono na Irlanda
Para fechar com chave de ouro as curiosidades em relação à Big Bertha, você precisa saber que ela não somente é lembrada por seus recordes, mas também porque foi empalhada e está em um Beaufort, Killarney, na Irlanda, em um lugar de honra na fazenda Hazel Fort.
Sabendo que a longevidade das vacas leiteiras depende também da interferência de fatores ambientais, hormonais, genéticos e infecciosos, estratégias são necessárias para potencializar a saúde, o bem-estar e a longevidade de vacas leiteiras.
Texto: Samara Kalene
Médica Veterinária: Analaura Pereira – CRMV-SC 09126
