A avicultura de corte é um negócio que vem crescendo nos últimos anos no Brasil. No ano de 2020, a produção de carne de frango alcançou o marco de quase 14 milhões de toneladas. As exportações brasileiras aumentaram 0,4% em relação ao ano anterior, totalizando 4,23 milhões de toneladas exportadas. Resultando em quase 10 milhões de toneladas de carne de frango para o mercado interno. Volume 6,3% maior que o ano de 2019.
Apesar dos bons números, o momento é de cuidado após a confirmação de surtos de Influenza Aviária (H5N8) na Europa. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lançou uma campanha de conscientização para os produtores avícolas reforçarem os cuidados sanitários. O Brasil nunca registrou a doença em seu território e todas as medidas são necessárias para continuar assim. Para além disso, o rigor sanitário e algumas técnicas de manejo são essenciais para a avicultura de corte.
Veja a seguir algumas dicas que separamos para que os produtores avícolas possam evitar prejuízos em suas granjas.
O local onde as aves ficarão deve ser limpo e higienizado frequentemente. O conforto e bem-estar desse ambiente impactam diretamente em frangos saudáveis, vigorosos e resistentes.
A temperatura deste local deve ser controlada para que não fique quente demais. Mudanças de temperatura enfraquecem o sistema imunológico das aves e as deixam mais suscetíveis à doenças.
Sobre o piso é importante que seja forrado com serragem ou maravalha para absorver a umidade e dar mais conforto às aves.
Os bebedouros devem ser cercados para evitar contaminação e limpos frequentemente. A água deve ser sempre fresca e limpa, e passar por um processo de cloração para eliminar microrganismos.
O ideal é que o comedouro seja em formato de bandeja, para que aves menores também possam se alimentar.
Os pintinhos adquiridos devem ser de boa procedência, com fornecedores idôneos, para evitar contaminação da granja. A vacinação é uma forma eficaz de prevenção e cuidado. O Labovet possui a Vacina contra Cólera e Tifo Aviário, que protege contra a Pasteurella multocida e Salmonella gallinarum. A 1ª dose deve ser aplicada às 12 semanas de vida e a 2ª dose às 15 semanas. Outros esquemas de vacinação poderão ser adotados sob a responsabilidade exclusiva do Médico Veterinário, principalmente em casos de surto.
Importante não alimentar as aves nos períodos que antecedem o abate, para que elas não tenham muito conteúdo gastrintestinal. Também é importante que elas sejam separadas em grupos pequenos. Assim evita-se danos e perdas por movimentação excessiva dos animais.
O transporte das aves também deve ser organizado e separado em grupos por peso e sexo. É essencial disponibilizar oxigênio para os animais e dar preferência para o período noturno.
Entre a saída de um lote para o abate e a chegada de novos pintinhos é importante deixar o aviário vazio por, pelo menos, 10 dias. Isso para que a limpeza e desinfecção do local seja feita corretamente evitando contaminações.
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