Revisado em 31 de Agosto de 2022
O Manejo Sanitário precisa fazer parte da rotina do produtor brasileiro, principalmente em um país tão voltado ao mercado pecuarista. Se você quer entender a importância do manejo sanitário, continue a leitura.
A pecuária no Brasil
A pecuária no Brasil é um dos setores que mais movimenta a economia. Hoje, o país conta com alta tecnologia implementada aos rebanhos, o que possibilita atender os mercados mais exigentes do mundo. Só neste ano de 2022, o país já exportou 720 mil toneladas de carne bovina, número maior que todo ano de 2020.
Muito do sucesso da pecuária se deve ao investimento em qualidade e gestão, que vem sendo aprimorado de acordo com o crescimento e demanda. Além de se preocupar com a gestão da propriedade, a formação e o manejo das pastagens, o controle zootécnico e reprodutivo, o produtor precisa dar a devida atenção ao manejo sanitário do gado.
A adoção de boas práticas é essencial pois, independentemente do tamanho do rebanho, a ocorrência de enfermidades e parasitas pode comprometer o desempenho da atividade.
Quando não controlados, esses agentes comprometem o bem-estar animal, além da qualidade do couro, da carne e do leite, dificultando a comercialização do produto final. Além disso, o manejo realizado de forma incorreta acaba favorecendo a criação de barreiras sanitárias pelos mercados consumidores, prejudicando o setor como um todo.
No blog de hoje, vamos tratar um pouco sobre a importância do manejo sanitário do gado, ajudando você a controlar melhor o seu rebanho! Quer saber mais? Então confira as dicas que preparamos!
Boas práticas para o manejo sanitário
A adoção de boas práticas pelo produtor garante a qualidade do rebanho, visando atender às demandas e interesses do mercado. Constantemente, o mercado de bovinos é afetado por novas exigências impostas especialmente de países importadores. Por isso, é essencial que o produtor se prepare para oferecer o melhor produto final possível.
Tratando-se de um bom manejo sanitário, o produtor deve estabelecer algumas ações que garantam a saúde e a qualidade do rebanho, evitando a proliferação de doenças que podem comprometer não apenas a saúde do animal, mas a lucratividade do seu negócio.
Veja algumas delas:
- Calendário de controle sanitário
Uma medida simples, mas que auxilia muito na prevenção e no controle de enfermidades é a adoção de um calendário de controle sanitário.
Com a orientação de um Médico Veterinário, estabeleça todas as datas de vacinação do rebanho de acordo com os programas oficiais da região. Febre aftosa, brucelose e raiva são algumas das doenças que possuem programas oficiais e diretrizes que orientam a vacinação. Além delas, outras vacinas como as clostridiais, vacinas reprodutivas e muitas outras podem ser importantes para manter a sanidade do seu rebanho.
E atenção! Em relação à raiva, apesar de ter a sua vacinação considerada compulsória, após notificação de surtos , é importante destacar que ela ainda não está erradicada no Brasil. Por isso, é ideal que o produtor invista na vacinação para evitar a contaminação e a perda do rebanho, já que se trata de uma doença letal.
Para isso, a Vacina antirrábica para herbívoros do Labovet é essencial!
- Controle de Parasitas e Treinamento Adequado
É essencial que o produtor mantenha em dia a vermifugação do rebanho, bem como o controle de parasitas externos que também são responsáveis pela transmissão de doenças, como é o caso do carrapato, por exemplo.
Além disso, é importante que os profissionais que atuam diretamente com os animais saibam reconhecer os sintomas das principais doenças que afetam os bovinos, além de manipular e aplicar corretamente vacinas e medicamentos. Então, o produtor deve investir em palestras e treinamentos, e assim ensinar sua equipe a realizar o trabalho de forma precisa e eficiente.
- Contato com a Vigilância Sanitária
Muitas das doenças que afetam o rebanho são contagiosas e transmissíveis. Por isso, é importante contar com áreas de isolamento que evitem o contato do animal vindo de outras propriedades e animais suspeitos de contaminação, e comunicar à Vigilância Sanitária em casos de desconfiança da doença.
Você já possui medidas de manejo sanitário para o seu rebanho? Deixe seus comentários abaixo e compartilhe sua experiência.
Revisão: Samara Kalene
Médica Veterinária: Analaura Pereira – CRMV-SC 09126