O timpanismo bovino causa muitos prejuízos em propriedades rurais, principalmente em confinamento, devido às condições ambientais e à alimentação do animal. Antes de mais nada, precisamos entender que essa doença é uma distensão abdominal causada pelo acúmulo de gases no organismo do bovino, e pode levar à morte, se não tratada corretamente e em tempo hábil. Saiba as causas e como tratar o timpanismo bovino lendo a nossa matéria!
A doença
O timpanismo bovino, também conhecido como empanzinamento ou meteorismo ruminal, está ligado à dificuldade do animal em eliminar os gases produzidos durante a fermentação ruminal.
Essa enfermidade pode ser primária, quando ocorre a formação de conteúdo espumoso ou gasoso na indigestão, impossibilitando a saída dos gases pela eructação. Bem como ser secundária, quando existe alguma alteração física e/ou funcional que impossibilita a eructação, como por exemplo a obstrução do esôfago por corpos estranhos, caroços ou frutas.
Ambos os casos podem ser considerados agudos devido ao acúmulo dos gases. O animal também pode apresentar outros sinais, como aumento na região do abdômen pela dificuldade no processo de digestão, somado à dispneia, taquicardia, fraqueza muscular e apatia.
Logo depois da identificação dos primeiros sinais clínicos, é necessário intervenção imediata para evitar a morte do animal.
Causas do timpanismo bovino
Os animais acometidos por esse distúrbio são, geralmente, aqueles que tem uma alimentação à base de leguminosas. Isso porque esses alimentos são de difícil digestão, devido ao alto teor de fibras insolúveis.
Em animais de confinamento, a causa mais comum do timpanismo é a dieta com altas concentrações de cevada ou soja. Além disso, também é comum que animais fujam dos piquetes para plantações e acabam se alimentando em excesso.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do timpanismo bovino deve ser realizado por meio da análise do histórico, anamnese completa, sinais clínicos, além da avaliação do ambiente de pastagem e da dieta de animais em confinamento.
O tratamento do timpanismo secundário é feito com a desobstrução do esôfago do animal, seja de forma manual ou mecânica com a utilização de sondas. Já o timpanismo primário é tratado com a administração de éster ou suspensão de silicone e metilcelulose misturada com água, com o objetivo de impedir formação de gases e espuma novamente.
O Labovet possui o Rumivet, que é uma emulsão oral à base de silicone e metilcelulose indicado para este tratamento. Para sua utilização em bovinos é recomendado 100 mL do produto puro ou diluído em 500 mL de água morna, administrado por via oral. Também pode ser utilizado por injeção direta no rúmen após a retirada do ar para impedir recidivas na formação de gases e espuma.
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Prevenção do timpanismo bovino
Nesse sentido, a melhor forma de prevenir a doença no rebanho é seguir uma dieta balanceada e de qualidade, ou seja sem excesso de grãos e com fibras. Também não é recomendada a moagem exagerada dos grãos.
A alimentação com feno de leguminosas, pastos de alfafa, trevo ou trigo deve ser introduzida de forma gradual e sem uso excessivo.
Enfim, o timpanismo bovino é uma doença que merece atenção e os cuidados necessários converse com o Médico Veterinário que lhe presta assistência para verificar a dieta de seus animais e evitar prejuízos na sua criação.
Fontes: SBA; UNIFIMES; Revista FAEF.
Aprovação técnica: Analaura Pereira – Médica Veterinária CRMV-SC 09126.